Federado há apenas um ano, Eduardo Régis de Oliveira lidera o ranking brasileiro de Parabadminton
O servidor Eduardo Régis de Oliveira, 32 anos, tornou-se campeão
Brasileiro da categoria standing do Parabadminton. A conquista veio após
a vitória, neste final de semana, da etapa de Campinas, em São Paulo.
Eduardo — formado em Desenho Industrial e lotado da Gerência de Sistemas
e Informações (GESI) — conquistou ainda uma medalha de ouro na
categoria dupla, em parceria com o atleta Jefter Gonçalves. Essa foi a
terceira medalha de ouro do atleta na modalidade individual, em um total
de cinco etapas do Campeonato Brasileiro deste ano. Ele ocupa a
primeira posição no ranking brasileiro de Parabadminton.
Admirador de outros esportes, Eduardo conta que iniciou no esporte
por acaso. “Estava treinando frescobol e um amigo perguntou se eu sabia
jogar”, disse. “Fui a um clube e o treinador da equipe perguntou se eu
gostaria de aprender, aceitei na hora e iniciei minha formação”. Há três
anos no esporte, Eduardo teve este ano sua melhor temporada, com quatro
conquistas individuais e quatro entre duplas.
Apesar de todas as vitórias conquistadas este ano, em junho o atleta
sofreu uma grave lesão. Durante a etapa de Porto Alegre do campeonato
Brasileiro de Parabadminton, em uma jogada, aparentemente, comum,
Eduardo fez um movimento brusco e, a partir daí, perdeu a instabilidade
do joelho. Mesmo com a dor — causa pelo rompimento dos ligamentos do
joelho e uma lesão no menisco, cartilagem presente na articulação do
joelho — o atleta levou o jogo até o final. Durante os seis meses de
tratamento, o esportista conta que foi difícil se manter longe das
quadras. “Fiz fisioterapia três vezes por semana, de manhã e tarde, e à
noite ia assistir o treino da equipe para não perder o clima de
treinamento”, disse.
“300 km por hora”
Reconhecido pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) desde 1992, o
Badminton é um esporte individual ou de duplas semelhante ao tênis, no
qual os jogadores utilizam uma raquete e uma peteca. O objetivo do jogo,
que tem duração máxima de três sets, é fazer a peteca cair na quadra
adversária. O game acaba quando o jogador completa 21 pontos; caso o
jogo empate por 20 a 20, vence quem abrir dois pontos de vantagens; e,
ainda, caso persista um empate em 29 a 29, o jogador que fizer 30 pontos
sai vencedor.
Interessante notar que, em média, nos jogos profissionais de
Badminton a peteca chega a alcançar a velocidade de 300 km por hora, —
quase a velocidade de um carro de Fórmula 1.
Treinos e metas
Atualmente, a rotina de treinos de Eduardo de Oliveira é intensa. O
carioca treina de segunda a quinta, das 20h às 23h, em um clube do Rio
de Janeiro. Entre seus principais objetivos estão: manter o título
brasileiro, participar de competições internacionais, e, o principal
deles, disputar os próximos Jogos Olímpicos em Londres, em 2012.
Para alcançar esses objetivos, uma parceria do governo do estado e do
consulado japonês trouxe Shin Saito, treinador do Japão conhecido por
formar novos atletas e aperfeiçoar os que já se destacam. O atleta conta
que os treinadores asiáticos cobram mais empenho e dedicação ao
esporte. “Ele é um ótimo técnico”, disse Eduardo. “O mais engraçado é
você achar que está bom, e seu técnico falar que pode melhorar muito
mais”.
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